segunda-feira, 4 de abril de 2016

Imóvel pronto ou na planta? Um pouquinho do meu exemplo.

Pesquisando verifiquei que ao longo do tempo as opiniões mudavam para um lado e para o outro. Sei que um dos maiores fatores na decisão é o tempo e a situação no momento, quem pode garantir a real perspectiva futura do mercado ao longo de anos e até décadas, pois ao comprar um imóvel este passa a ser quase um casamento.

Ao optar por uma dessas alternativas devemos analisar nossa real situação, a qual acho mais importante que o cenário econômico. Para quem tem muito dinheiro, já possuí sua independência ou mesmo a própria moradia, torna-se fácil efetuar a escolha de maneira racional.

Durante os 10 anos que lido com imóvel, experimentei comprar uma casa, um apartamento pronto e um AP na planta. Foram momentos distintos a qual atrapalham um pouco na avaliação da melhor escolha. Contarei um pouco do meu exemplo para ilustrar.

Imóvel pronto e usado

O primeiro que adquiri foi um apartamento a qual arrematei em um leilão da CAIXA. Este já tinha 20 anos de usado, mas encontrava-se em um bom bairro com ótima infra-estrutura. Por fora não estava muito bonito, precisava de uma pintura que não via a anos. Como por dentro excluindo as áreas comuns só dependiam de mim, recuperei dando um excelente acabamento.

Um outro diferencial era por ser um por andar e ser nascente, nunca precisei instalar ar condicionado. Agora tinha alguns porem: os outros condôminos não queriam saber de nada, só se preocupavam com o próprio umbigo, preferiam trocar de carro do que valorizar seu próprio imóvel, achando que tinha que deixar para os outros.

Até me comprometi a ser síndico para ver se poderia dar um jeito, mas dia a dia eu sendo desmotivado pela atitudes das pessoas. Prédios usados tem muitos moradores antigos que gostam de só aparecer, sendo que muita das vezes só possuem aquele patrimônio, não conto o carro pois este se não pagar é do banco.

Imóvel na planta

Na mesma época que buscava um imóvel usado, encontrei um que estava na planta e fiquei muito empolgado, era no mesmo bairro do que adquiri. Cheguei a visitar as obras e já imaginava morando nele. marquei de imediato uma visita no stand de vendas, corretora muito atenciosa me mostrando vários cálculos que nem eu sabia quando ia parar, pois eram muitas taxas, entradas, cheques. Até então eu já ima mentalizando e buscando um jeito de encaixar no orçamento. 

Fazendo as contas dava para pagar, pois seria uma poupança e depois financiaria em 15 anos, por ser servidor este era o prazo máximo aceitável. No entanto tinha um porem, nos 03 anos prevstos da obra eu teria que continuar no aluguel e como meu filho já estava para nascer eu perderia a renda de minha esposa, pois arcar com um assistente não é para todo mundo.  

Eu podia não ser bom em matemática financeira, mas sempre fui ressabiado com acontecimentos futuros. Pensei melhor e resolvi desistir do imóvel na planta. 

Por obra do destino anos mas tarde fui um dos primeiros moradores do empreendimento que por sinal demorou 04 anos para ficar pronto. Fui como inquilino, devido ao meu AP está alugado e o atua inquilino mão queria sair, até sugeri ao mesmo a permuta, mas ele estava muito feliz com sua moradia.

Imóvel recem entregue tem muitos pontos a favor, a saber; moradores jovens, com vontade de fazer melhorias, muitas crianças, área de lazer, estacionamento amplo, salão de festas e etc.

No entanto com poucos dias senti a diferença no tamanho, a qual seria uma tendencia futura nos próximos lançamentos na cidade. O apartamento só tinha de grande a sala, razoável na verdade, a cozinha e área de serviço pareciam um só corredor, estender roupa era um sacrifício e o pior foi ser poente. Era um forno nos finais de tarde e a noite. Nunca orei em um imóvel tão quente, dava até para esquentar o pão nas paredes. 

Depois começaram as brigas sobre o poder do condomínio, ideias divergentes e conflitantes sobre as melhorias a serem implantadas, sei que deu até polícia e justiça.

Com o tempo e o contrato do meu inquilino vencendo resolvi voltar para meu antigo AP, mesmo com seu problemas. Pelo menos eu ainda tinha uma certa voz nas decisões.

Acredito que na época fiz a melhor escolha, principalmente para as condições que me encontrava. Sendo que anos mais tarde adquiri um imóvel na planta, ainda era a época do boom imobiliário, com grande tendência de valorização, mas não conhecia quatro letrinhas que mudaria toda alegria compartilhada com minha esposa, INCC. Algo que muitos não se atentam, entretanto faz toda a diferença no fechamento da conta.




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